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terça-feira, 16 de outubro de 2018

"Terra de Cardos e de Pedras (Gil Vicente - 1.ª parte)" - Miguel Boim, Jornal de Sintra, 28 de Setembro de 2018

Terra de Cardos e de Pedras
na edição de 28 de Setembro de 2018
do Jornal de Sintra


    A muitos estranho poderá parecer um título que depreciativo parece. Mas, dando o benefício da dúvida aos artistas, logo perceberá do que se fala. E quem fala. E do que se falará nas outras partes desta sequência sobre Sintra e Gil Vicente. Mas o melhor é ficar com um trecho das capacidades do grande astro do teatro português:

    «Mas Mestre Gil era muito mais do que alguém com grandes capacidades para executar algumas poucas funções. Gil Vicente era ele próprio um gerador de fantasia. No ano de 1520 esperava-se a entrada em Lisboa do Rei D. Manuel e da Rainha. O Mestre era reconhecido pela sua fantasia a ponto tal que o Rei deu indicações para que se seguissem todas as sugestões do Mestre. Quando se viu chegado o dia da entrada do Rei e da Rainha, havia inclusivamente no Tejo uma caravela mal aparelhada e de velas esfarrapadas e pintadas de más pinturas de que saíam grandes fumaças e fogos artificiais (...) e muitos trovões; e a caravela sem governar ora através ora a popa (...) e os diabos fazendo coisas de muito prazer com que houve a maior festa do recebimento... No dia seguinte, o Rei e a Rainha tinham muitas plataformas ou palcos por entre os quais haviam de passar. Num deles era visível um homem deitado, adormecido, do peito do qual saía uma grande árvore dourada (a Árvore de Jessé, brotando do peito de Adão) tendo essa árvore representações de todos os reis e de todos os profetas, acima desses estando Deus com os seus anjos, estes últimos tocando seus instrumentos musicais. Ao lado desse palco, um outro muito coberto de ramos e arvoredo, com muitas fontes de água, que representava a Ilha da Madeira; e no meio uns ricos aposentos em que viviam quatro fadas e em uma rica câmara estava um berço dourado que embalavam quatro sereias cantando suavemente; e as fadas falaram em lugar da Ilha, oferecendo-se para criarem o filho ou filha primeiro que [a Rainha] parisse, e [que] seria por elas fadado...»

    Abrindo a imagem (ou realizando download da mesma para o seu computador ou dispositivo móvel, e depois ampliando-a), poderá ler este artigo da edição do Jornal de Sintra de 28 de Setembro de 2018.

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