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quarta-feira, 25 de abril de 2012

Chronica Gothorum / Chronicon Lusitanum - excertos sobre Sintra em português

© Pesquisa e texto: O Caminheiro de Sintra
Imagens: Arquivo d'O Caminheiro de Sintra
Recolecção do texto em latim: Marc Szwajcer
Tradução latim-português de excertos relacionados com Sintra: O Caminheiro de Sintra


túmulo de D. Afonso Henriques no Mosteiro de Santa Cruz, em Coimbra,
neto de D. Afonso VI de Leão e Castela, Reconquistador de Sintra em 1093

    Por não se encontrar por estes dias com grande facilidade na internet a Chronica Gothorum ou Chronicon Lusitanum, é aqui apresentado o dito documento. Razão outra é a menção a Sintra em alguns de seus itens, que do documento aqui apresentado em latim foram esses aqui traduzidos para português.

    A Chronica Gothorum aparece com tal denominação pela primeira vez na terceira parta da obra Monarchia Lusitana, de Frei António Brandão, impressa em 1632. Na sua apresentação, Frei António Brandão refere que existem duas versões desta suposta crónica dos Godos, e que a apresentada por ele é a versão mais extensa, tendo essa sido antes possessão de André de Resende.
Chronica Gottorvm, Chronica Gothorum,
Chronicon Lusitanum, Chronica Lusitana
    O seu autor é desconhecido, assim como a data em que foi feita. Poder-se-ia inferir como sendo dos tempos de D. Afonso Henriques, visto que o relato dessa vem desde 328 d.C. com a entrada dos Godos na Península Ibérica, até ao ano de 1186 da nossa Era. Ou poder-se-ia inferir que por se apresentar com a datação da Era Hispânica ou Era de César, seria anterior a 1422, data da alteração do calendário no reino de Portugal, da Era de César para a Era de Cristo. Contudo, estas inferências encontram-se longe da objectivação da razão na realidade.

    Pouco tempo antes de 1764, a Chronica Gothorum conhece nova impressão, desta feita através de Frei e Padre Henrique Flórez de Setién y Huidobro, no décimo quarto volume da sua obra España Sagrada. É nesta edição que a denominação é mudada de "Chronica Gothorum" para "Chronicon Lusitanum" (mais tarde passando a Chronica Lusitana), decisão justificada pelo próprio, escrevendo que essa pouco tinha que ver com o reino dos Godos, senão que com o reino dos Portugueses.
Enrique Flórez de Setién y Huidobro, autor de España Sagrada
contendo a Chronicon Lusitanum ou a Chronica Gothorum
    O que abaixo se apresenta é o documento em latim, com a datação da Era Hispânica ou da Era de César, e nos três anos em que Sintra é mencionada a tradução em português encontra-se no item cronológico seguinte, começando por pontilhado, com a datação da Era de Cristo, e texto em itálico.


Æra 349. Egressi sunt Gothi de terra sua.

Æra 366. Ingresi sunt Hispaniam, & regnaverunt ibi annis 387. De terra autem sua perveniunt ad Hispaniam per 17. annos.