colecções disponíveis:
1. Lendas de Sintra 2. Sintra Magia e Misticismo 3. História de Sintra 4. O Mistério da Boca do Inferno 5. Escritores e Sintra
6. Sintra nas Memórias de Charles Merveilleux, Séc. XVIII 7. Contos de Sintra 8. Maçonaria em Sintra 9. Palácio da Pena 10. Subterrâneos de Sintra 11. Sintra, Imagem em Movimento


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segunda-feira, 21 de março de 2016

"Honório e os Homens Pequenos" - Jornal de Sintra, 11 de Março de 2016

Honório e os Homens Pequenos
edição de 11 de Março de 2016 do
Jornal de Sintra


    Já poderá consultar a versão digital do meu último artigo do espaço Lendas e Factos Lendários de Sintra no Jornal de Sintra: Honório e os Homens Pequenos

    Para o fazer bastará abrir a imagem (ou realizar download da mesma) ou então seguir o link do site do Jornal de Sintra e abrir a edição de 11 de Março de 2016 - o link abrirá num PDF e o artigo encontrar-se-á na página 2.

    Deixo ainda o convite para se associar à página de Facebook do Jornal de Sintra, um periódico histórico que conta já com 82 anos e infindáveis outros por vir.
















domingo, 26 de dezembro de 2010

Memória de Uma Noite nos Capuchos - Contos de Sintra da Autoria do Caminheiro de Sintra

Contos de Sintra Pelo Caminheiro de Sintra - Memória de Uma Noite nos Capuchos



 

EXCERTO DO LIVRO "CONTOS DE SINTRA":
MEMÓRIA DE UMA NOITE NOS CAPUCHOS - CONTO PRIMEIRO

(consta do livro a ser publicado até ao fim do Verão de 2011)




    "De mim, da minha pessoa, que poderei eu contar-lhe a si, meu caro leitor? Que a Sintra, à comunidade capuchinha ali tinha ido parar, num dos laivos que meu inesperado desígnio até ali sempre tinha sido, e que para além dali sempre foi.
    Que desígnio? Se lho dissesse, decerto não o compreenderia, mas contar-lhe posso que apaixonado pelo mistério da vida, havia já eu percorrido múltiplos caminhos longe de entre si paralelos esses serem. Se lho escrevesse, se lho contasse, as distâncias a que já por essa altura havia estado, as culturas em que já me havia movido, decerto que o negaria em sua crença, tendo em conta o meu parco terço de longa vida à altura aventuradamente vivida.
    Noviço me havia tornado comendo aquele fruto, que em indeterminado tempo da árvore cai, e que em estranho momento - que momento certo é para qualquer vida - fruto se apanha, se come com deliciada delicadeza, e que em si contém a ideia da abnegação, do desconforto, e de tudo aquilo que disso se possa extrair através dos mais inocentes e românticos sentimentos. Enfim, esperava que fosse isso fruto outro que dentro de mim germinaria com a delícia que aquela semente que ali desembocando tinha eu plantado, e que corpo nodoso e ramificante me parecia certo que tomasse. A realidade mostrava-se porém tão diferente e estéril no cerne de sua semente, como aquilo que alguém pensa conhecer da imagem que transmitida recebe, do que ali no Convento dos Capuchos se vivia."



© Direitos de Autor Registados no IGAC

domingo, 30 de maio de 2010

Lenda do Convento dos Capuchos de Sintra ou "A Tentação de Frei Honório"


© Pesquisa e texto: O Caminheiro de Sintra
Fontes: Biblioteca Municipal de Sintra
Imagens: autores Flickr (respectivamente) PesterussaTiago A. Pereirapmdcsb


O corredor do dormitório do Convento
dos Capuchos da Serra de Sintra
  O Convento dos Capuchos, sito no centro da Serra de Sintra, o qual foi sempre habitado por comunidades de frades da Ordem dos Franciscanos (também conhecida como Ordem dos Frades Menores devido ao seu voto de pobreza), é palco de uma lenda mais comummente conhecida como A Tentação de Frei Honório.

  Esta lenda centra-se num frade do Convento dos Capuchos, de seu nome Honório, que se deparou um dia com o diabo, que o tentou tentar sob a forma de mulher, tentação essa que Frei Honório ignorou.

  A lenda acaba por atribuir um impacto ainda maior ao simbolismo dos Capuchos na Serra de Sintra. De seis caminhos, é uma encruzilhada, que tal como qualquer outra da Europa ou mais especificamente de Portugal, se vê como o cruzamento com os caminhos do destino, o cruzamento com as outras vidas, o cruzamento com os medos, ou simplesmente o realçar desses, em especial se num ambiente propício ao aparecimento desse sentimento. Na Cultura Europeia, as encruzilhadas sempre foram tomadas como locais onde à noite os diabos e as feiticeiras se encontravam para celebrar os seus Sabat.
Janela que dá para a passagem da Casa das Águas
no Convento dos Capuchos em Sintra

  Uma encruzilhada, acaba também por ser o símbolo do próprio interior do ser Humano, nos seus vários caminhos de pensamentos, ideias, sentimentos, e emoções, que a sua percepção percorre dentro de si mesmo, encontrando - muitas vezes com surpresa - desconhecidos caminhos, ou outros desconhecidos símbolos que enlevam o medo. Assim acontece também - num misto de interior com o exterior - na lenda do Convento dos Capuchos de Sintra, ou na - suposta - "Tentação de Frei Honório".